4.702 - Na falta de argumentos, há um advogado que incita o povo a pegar em pedras...

Um advogado que no caso é vereador pelo PSD, em Abrantes.
E o Jornal onde escreveu isso mesmo, foi o "Nova Aliança"... Era bom que o os administradores, muito ligados à Igreja dissessem que estavam de férias nessa edição...
 
À pedrada...!!!

HAJA DEUS...!!!
 

É isso mesmo que o dito jurista e autarca escreve, - mais exactamente, "correrem à pedrada" - como passo a transcrever do blog " Rexistir":  
 «  (...) de acordo com o mapa estatístico de 2008-2010, (...), Abrantes tem mais processos de família do que Tomar(...)

.Para a vida dos cidadãos, a Justiça é tão fundamental como a Saúde, (...)

.(...) Quanto tempo faltará para os habitantes do Reino de Portugal terem um assomo de dignidade e correrem à pedrada aqueles oportunistas que só se lembram das suas raízes em época eleitoral ou quando se querem delas servir para rapar algum tacho?» posted by Santana Maia, in "rexistir"

Agora, que já conhecemos os argumentos pouco esclarecedores de três advogados por Abrantes seria interessante, - nomeadamente em relação ao Tribunal de Família que irá passar para Tomar - que os ditos juristas nos esclarecessem o seguinte:

1 - O facto de Abrantes ter tido mais processos de família do que Tomar, segundo o mapa estatístico de 2008-2010, dá alguma garantia dessa relação numérica continuar favorável a  Abrantes, nos próximos anos?

2-  Mesmo que esse número de processos de família tivesse pendido mais para o lado de Abrantes, será que poderíamos incluir como mais favorecidos com a deslocação para Abrantes em alternativa a Tomar, os habitantes de Martinchel, da Aldeia de Mato, e do Souto, quando Tomar até pode ficar mais acessível?

3 - Ao apontar-se a estranha situação dos 150 km a percorrer a mais, por parte dos cidadãos, a partir da deslocalização do Tribunal de Família e do Tribunal de Trabalho, de Abrantes para Tomar, será que os honorários dos advogados não podiam ajudar a minorar esses custos?

4 - E por falar em custos, há uns anos, um cidadão queixou-se no semanário "Primeira Linha" contra um advogado colunista do mesmo periódico, de que o jurista em causa lhe teria exigido um pagamento de 75 contos ( inicialmente, teria pedido até mais, salvo erro noventa contos, isto em escudos ainda, qualquer coisa como 375 euros, 80 % do salário mínimo nacional... ) sem recibo, por ter acompanhado em duas ou três audiências o processo do seu divórcio, que teria acabado em conciliação. [ o Estado já terá entretanto facultado a dispensa de advogados, no caso do divórcio por mútuo acordo, bastando ao casal apresentar-se em tribunal e declarar e confirmar perante um juiz, que é essa a sua vontade, um aspecto que nenhum advogado deve gostar de divulgar, presumo eu...] 
Estimando o custo de combustível numa deslocação de 150 km em cerca de 15€ a 20 €, mesmo admitindo umas três audiências ou deslocação ao Tribunal de Tomar, o combustível não ultrapassaria os 60 €.  Logo, não poderiam os Srs. Advogados fazer um pequeno desconto, por mais modesto que fosse, a abater a esses milhares de euros dos honorários? 

5 - "Eles falam, falam, mas não fazem nada" - era a crítica dos conhecidos " Gatos Fedorentos", em relação aos políticos... E em relação aos advogados, será que não poderiam dizer algo semelhante...?!

Com um pouco mais de ponderação, vai a ver-se e nem será preciso ninguém pegar num calhau que seja... 

NOTA: Pegando nesta frase absurda " Para a vida dos cidadãos, a Justiça é tão fundamental como a Saúde" muito gostaria que o autor deste disparate pudesse demonstrar que quando ouvimos as sirenes das ambulâncias do INEM a ecoar pelas nossas estradas fora, que decididamente, muitas dessas viagens não se destinam aos hospitais, mas sim,  aos tribunais...